Ready Player One (2018) - Steven Spielberg

Transportemo-nos para o ano de 2045, diversos eventos políticos transformaram muitas cidades em favelas. A realidade é de uma pobreza extrema e a única escapatória para a dureza do mundo real é um mundo virtual, o OASIS.

Antes de falecer o criador deste mundo virtual, James Halliday anuncia um concurso onde todos os "habitantes" têm as mesmas hipóteses de ganhar um prémio ambicioso e aliciante. A total posse da empresa que está por detrás do OASIS, a maior super potencia existente da Terra. 

E qual é o concurso, perguntam-se vocês neste preciso momento?

É simples. Basta os jogadores encontrarem o easter egg no jogo e para tal, eles têm que encontrar as 3 chaves para desbloquearem um portão que lhes dá o acesso ao easter egg, só que para obter cada chave os jogadores precisam de ultrapassar desafios, e para cada desafio os jogadores têm que descobrir facetas da vida de Holliday que se traduzam no mundo virtual. O primeiro, uma corrida alucinante, já foi descoberto.

É nesta premissa que conhecemos a nossa personagem principal, Wade Watts que tenta diariamente vencer a corrida para obter a primeira chave.

Também junto aos jogadores existem vários empregados da empresa rival Innovative Online Industries (IOI), que desejam incorporar o OASIS, obtendo assim o controlo financeiro total sobre a realidade virtual, o mercado que domina o mundo real.

É nesta jornada, acompanhamos Wade Watts juntamente com outros amigos online na luta para se tornar o vencedor e obter o easter egg, e posteriormente, o OASIS.

(Nota informativa: Um easter egg é um pequeno segredo escondido dentro de um jogo pelo seu criador. Pode ser elementos de Pop Culture, pode ser um nome, podem ser várias coisas. Tem é que estar escondido)

Este filme deixou-me de boca aberta. O filme é realizado por Steven Spielberg e é baseado num livro com o mesmo título, por Ernest Cline.

Eu gosto da maneira de como o Spielberg conta as histórias de forma muito emocionante jogando com a arte cinematográfica. Lembramo-nos de grandes clássicos como o ET, Inteligência Artificial, entre outros, onde nos emociona o fator criança, ou neste caso adolescente, sobressaindo num mundo claramente dominado por adultos.

Ready Player One não é excepção à regra. É um filme mágico que aborda a amizade e a natureza de viver, que é melhor visto em família.

Sendo um filme onde a acção principal se passa num mundo virtual, ficamos sempre reticentes à veracidade do CGI e devo admitir, este CGI está genial. Os avatares (nome dado às personagens criadas por nós num determinado jogo) estão muito, mas muito humanos. Vivemos numa época realmente mágica do cinema onde o CGI mistura-se tão bem que um mundo fisicamente impossível de existir desenrola à nossa frente.

Tenho que fazer duas pequenas notas neste filme.

Existe um King Kong aqui e diga-se de passagem, os breves 5 minutos (ou um pouco mais, não estava propriamente a contar o tempo), chegam para criar um King Kong muito melhor do que o do filme que saiu no ano passado com essa personagem.

A segunda nota que tenho que mencionar é sobre o Shining, o mítico filme de Stanley Kubrick. Neste filme fazem uma homenagem tão boa ao filme, nem quero falar muito sobre ela para não estragar a surpresa, mas se não tiverem muito interesse no filme mas gostarem do Shining, acreditem em mim, vocês vão ficar deslumbrados.

Um ótimo filme, a única crítica negativa que tenho é que acabou. Eu por mim ficava a ver mais daquele mundo tão espetacularmente bem feito durante tempo infinito.

Vão ver o filme que acho que ainda está em alguns cinemas, se não estiver, aguardem para que saia em formato físico ou digital.

Mas esta, foi simplesmente a minha humilde opinião.


Até à próxima,

Abreijos,


Nuno Gabriel

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